domingo, 9 de março de 2008

The Day After Ou O Plano A-2.0

Criar alternativas às propostas (imposições?) do ME. O Fernando Cortes Real começou no Kosmografias o seu contributo para a construção de uma alternativa aos modelos actualmente propostos pelo ME: http://kosmografias.wordpress.com/2008/03/09/avalicao-do-desempenho-docente-um-modelo-alternativo-parte-i/ Ramiro Marques, dá continuidade à ideia: http://professoresramiromarques.blogspot.com/2008/03/bases-para-uma-avaliao-de-desempenho_09.html O título deste post é de Paulo Guinote, do blog "A Educação do Meu Umbigo: http://educar.wordpress.com/2008/03/09/the-day-after-ou-o-plano-a-20/ É importante divulgar esta informação e contribuir/discutir propostas.

Marcha da Indignação: 8 Março 2008

(Imagens do Sindicato dos Professores da Grande Lisboa: http://www.spgl.pt/)
Não estou a dar aulas neste momento, por isso, inscrevi-me para ir à manifestação sem saber com quem iria, só conhecia o local de embarque (o mais importante era estar presente). Mas é sempre diferente estar com alguém conhecido e tinha combinado tentar encontrar-me com alguns amigos quando chegasse a Lisboa (não foi possível)
Dirigi-me para o local de partida sem saber qual seria o meu autocarro... Depois de procurar, acabei por ir no da escola onde estagiei e durante toda a manifestação acompanhei um grupo de professores dessa escola (não nos perdemos uns dos outros graças ao "GPS" da escola, um cartaz especial...). Senti orgulho daquela escola e senti-me muito bem no meio deles. Sobretudo, senti orgulho em ser professora.
Encontrei um professor dos meus tempos de aluna e uma colega que conheci na última escola onde trabalhei (este ano). Curiosamente já os tinha visto na manifestação de Aveiro, mas tê-os encontrado em Lisboa, naquele mar de gente, foi uma feliz coincidência.
Foi mesmo muito importante ter participado. Para mim será sempre um dia histórico.

sexta-feira, 7 de março de 2008

O Grito do Silêncio

Desfile em silêncio até à Baixa. Palavras de ordem a partir daí.
(http://educar.wordpress.com/)
Vamos calar para que depois nos oiçam.
Não seria possível para mim não ir, a menos que estivesse doente ou acontecesse algo que me impedisse de participar.
Ainda tenho que fazer um cartaz: "Não à prova de ingresso". Poderia levar muitos outros, tão ou mais importantes do que este. Mas temos que tentar representar os vários problemas e este afecta directamente (apenas) alguns contratados.
Outros problemas:
A avaliação de desempenho
Modelo de gestão das escolas (Autonomia? Onde?)
Combate FALSO ao insucesso e ao abandono escolar (eles dizem que não escolhem o facilitismo como caminho...)
Descriminação de muitos alunos com NEE, não prevendo medidas para a sua integração e desenvolvimento.

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Na coluna da esquerda tenho alguns link, até ao momento, são apenas os que indico a seguir. PROFAVALIAÇÃO (o tema central é o da avaliação de desempenho docente, com muito material de apoio) Professores Lusos: Sempre actualizado com as últimas novas do ensino. Para além das novidades que vão surgindo, mantém sempre um conjunto de link para legislação, informação sobre concursos, entre outros. O Cartel: blog com muitos "cartelistas" sempre atentos aos acontecimentos. O Cartel dos Prof Lusos: Fórum de discussão. Outros dois blogs que vale bem a pena consultar: RAMIROMARQUES. A Educação do Meu Umbigo. anterozoide: de Antero Valério, recheado de cartoons e alguns vídeos, com muita pinta. A Verdade Acima de Tudo: iniciado pela filha da professora Manuela Estanqueiro, conta agora com a colaboração de várias pessoas.

quinta-feira, 6 de março de 2008

Revoltante!

Depoimento de um professor contratado que tem de ser avaliado, até Junho, em 2 escolas diferentes. Tem 27 anos, fez duas licenciaturas em ensino (matemática e informática), ambas com estágio (o 1º remunerado, o 2º nem por isso) e está a concluir a tese do Mestrado de Administração E Organização Escolar (todas as habilitações são do pré-bolonha...) Será avaliado em 2 escolas diferentes, sendo o ÚNICO LICENCIADO na área, de todos os professores que leccionam informática nessas escolas. Terá que fazer a prova de ingresso: "O que me mete medo são as tais TRÊS provas que o Ministério quer que eu realize! Que tipo de exame será? E a nível de Informática, será plausível fazer um exame e ser avaliado numa prova que englobará 17 disciplinas diferentes (que são as que eu posso leccionar a nível de Informática)!!!!??? E se eu conseguir ter nota superior ou igual a 14 em dois exames e inferior a isso na entrevista? Poderei processar a Universidade? Já agora processo também o Ministério visto que os cursos são aprovados e regulamentados pelo próprio Ministério, assim como os Estágios Pedagógicos que realizei." Ler a carta completa em: http://professoresramiromarques.blogspot.com/2008/03/depoismento-de-professor-contratado-que.html

Deixar cair ou não deixar cair...

quarta-feira, 5 de março de 2008

A revolta dos professores

05.03.2008, Santana Castilho (Público) Os docentes não suportam mais a indignidade com que têm sido tratados Há evidências incontestáveis: as manifestações dos professores um pouco por todo o país (Viseu, Guarda, Braga, Coimbra, Castelo Branco, Portalegre, Setúbal e Faro), que culminarão com a anunciada marcha de 8 de Março, expressam a revolta dos docentes, que não suportam mais a indignidade com que têm sido tratados. Sinistramente, primeiro-ministro, ministra da Educação e secretários de Estado começaram por incendiar a sociedade contra os professores. Entre outras, propalaram falsas ideias (que nesta coluna desmenti, com recurso a estatísticas da UE), segundo as quais os professores teriam fartos privilégios, ganhando mais que os colegas europeus e trabalhando menos que eles, apesar de serem (assim insinuaram) os responsáveis principais pelos elevados níveis de abandono e de insucesso escolar que caracterizam o sistema de ensino. Depois, seguiram-se as previsíveis medidas "moralizadoras" das quais recordamos três:1. O horário de trabalho dos professores foi drasticamente aumentado. A incontinência legislativa deste governo inundou as escolas de decretos, portarias, despachos e circulares, que tornaram a vida dos professores num inferno de cumprimentos burocráticos inúteis. As alterações das reduções de tempo de serviço em função da idade e da própria idade de reforma, como é sabido, tornaram mais penoso o exercício profissional em contextos de maior debilidade física. Escravizaram-se muitos professores, obrigando-os a permanecer nas escolas sem condições nem motivo (a farsa e a desumanidade de muitas "aulas de substituição") e vergaram-se muitos outros a exercícios profissionais próprios de auxiliares ou de amanuenses. Quem resista fisicamente e queira cumprir, pode ter que trabalhar hoje mais de 50 horas por semana. Como contrapartida, reduziram administrativamente os salários e aprestam-se agora a "depurar" o sistema, recambiando para o quadro dos disponíveis, com as desumanas consequências inerentes, os professores doentes, que consagraram vidas inteiras à Escola e ao ensino.2. A fractura da carreira única em duas, com a emergência dos professores titulares, foi servida por um processo escabroso. É impossível descrever ao cidadão comum o quadro de injustiças cometidas. A insanidade que queimou carreiras e dedicações de vidas à aleatoriedade dos últimos sete anos, provocou chagas incicatrizáveis no tecido social das escolas. É simplesmente insuportável que um estalar de dedos ministeriais ponha à frente dos melhores muitos dos menos preparados, dos menos formados, dos menos experientes, dos menos competentes.3. O modelo de avaliação do desempenho que se quer impor é insensato e irresponsável: como compreender que se seja penalizado por parir ou ficar viúvo? É tecnicamente medíocre: a formulação de descritores, por exemplo, entrou em roda-viva de apressados improvisos (vide o escabroso caso debatido na Assembleia da República), quando a validade de qualquer deles passaria obrigatoriamente por exercícios de pré-testagem, que não estão previstos. É leviano nos prazos que impõe: é factualmente impossível cumprir um digrama de execução daqueles em coincidência com o período de maior concentração de tarefas escolares. É fantasioso numa sujeição a emanações teóricas e científicas de órgãos que, previstos, nunca foram constituídos: onde está o decantado conselho científico? Está eivado de critérios ridiculamente subjectivos: como se mede a relação de um professor com a comunidade?Num debate televisivo recente, a ministra ripostou a uma interveniente que não interessavam as pessoas mas sim as políticas. Enganou-se. São as pessoas que definem as políticas. E quando na defesa dessas políticas permitem que se crie o ambiente que hoje se vive, transformando as suas relações com a sociedade que governam num caso continuado de tribunal, só sobra uma solução: a saída dessas pessoas. Professor do ensino superior

Conselho Científico da Avaliação dos Professores (CCAP)

Composição do CCAP: http://www.min-edu.pt/np3content/?newsId=314&fileName=ccap_despacho.pdf (Público:http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1321601&idCanal=58 ) Associação de Português e de Matemática de fora Conselho de avaliação com vozes críticas 04.03.2008 - 23h00 Isabel Leiria Electrotecnia, Biologia e Geologia, Inglês, História e Educação de Infância. São estas as cinco associações pedagógicas escolhidas pela presidente do Conselho Científico de Avaliação dos Professores (CCAP) para estarem representadas neste órgão consultivo, que tem a missão de implementar e monitorizar um processo que está em curso desde Janeiro.De fora ficaram duas das mais representativas dos vários grupos de docência. A de Português que, segundo o seu presidente, Paulo Feytor Pinto, não recebeu qualquer convite; e a de Matemática (APM), que sempre se manifestou contra o sistema de avaliação aprovado. “Foi proposta uma reunião conjunta com todas as associações e a presidente do CCAP mas não se realizou. Não foram as associações a manifestarem-se sobre quem devia lá estar”, critica Rita Bastos, presidente da APM. Dentro do conselho há também vozes críticas, como Ludgero Leote, representante da Associação Nacional de Professores de Electrotecnia e Electrónica, um grupo que conta com pouco mais de mil docentes. Leote foi um dos convidados do penúltimo programa da RTP 1 Prós e Contras e manifestou-se muito crítico em relação ao modelo de avaliação. “Mantenho tudo o que disse sobre o modo como o processo foi desenvolvido e pôs as escolas de pantanas”, diz. Professor há mais de 30 anos, acredita que poderá contribuir com a sua experiência. Mas sem certezas. “Quando o processo está enquinado é difícil fazer prognósticos.”

Manifestações

Lista das manifestações que se seguem: (a) 05/03: Lamego (17h) - Escola Secundária Latino Coelho; (b) 05/03: Vila Real (18h30m) - Escola Secundária de São Pedro; (c) 05/03: Barreiro (18h30m) - Estátua Alfredo da Silva; (d) 05/03: Mirandela (18h30m) - Câmara Municipal; (e) 06/03: Portimão (17h30m) - Câmara Municipal; (f) 06/03: Seixal (21h30m) - Fórum Seixal; (g) 06/03: Santarém (16h) - Rotunda do Cinema; (h) 06/03: Bragança (21h30m) - Eixo Atlântico. (retirado daqui: http://profslusos.blogspot.com/) A grande manifestação 08/03: Marcha da Indignação (14h30m) - Lisboa

Vale a pena ler...

CARTA ABERTA AO CIDADÃO COMUM, ALUNOS, PROFESSORES E PAIS: http://educar.wordpress.com/2008/03/05/contributos-carta-aberta-de-jose-castro-guimartaes/ Uma espécie de ASAE para a educação invadiu as escolas: http://kosmografias.wordpress.com/2008/03/05/uma-especie-de-asae-para-a-educacao-invadiu-as-escolas/ Avaliação chumba (Miguel Castro Coelho) http://diarioeconomico.sapo.pt/edicion/diarioeconomico/opinion/columnistas/pt/desarrollo/1096452.html Alguns procuram lançar pais contra professores: http://movimentoescolapublica.blogspot.com/2008/03/alguns-procuram-lanar-pais-contra.html

terça-feira, 4 de março de 2008

Obrigado Professores!

Directamente do Tuga: http://blogdotuga.blogspot.com/ "Não sou professor pelo que escrevo esta carta de forma livre e desprendida. Acompanho o problema do ensino e estas alterações desde o ano passado. Julgo que estas mudanças foram más e incompletas. Fizeram-se pelos motivos errados.No entanto não escrevo este artigo por esse motivo, o que me leva a escrever estas palavras é a parte pior deste processo todo: o lado humano. Ao longo deste ano li os mais diversos comentários, ouvi debates e assisti à tremenda injustiça que muitos fizeram.O que eu vi do lado de quem defendeu esta mudança (a contar com a ministra) foi um ataque ao sistema antigo e por conseguinte aos professores e às suas capacidades. Li, de uma forma triste devo adiantar, "esses" defensores da mudança a desqualificarem uma profissão (e as pessoas que a exercem) que é das mais dignas e uma das mais importantes para garantir um futuro mais risonho para Portugal.Pior que isso, esse ataque caiu sobre a franja de professores que têm uma carreira mais longa e por isso está em breve reformado(a). É a pior forma de acabar uma carreira entregue ao Ensino e à causa pública. Este é o verdadeiro motivo que escrevo a estes professores.Quero agradecer a todos eles por me permitirem ser quem sou hoje (não foram os únicos mas também contribuiram), por poder escrever estas linhas. Obrigado pelas horas incontáveis que despenderam a preparar as minhas aulas. Obrigado pela forma inventiva como muitas vezes deram as aulas e permitiram que eu aprendesse matérias interessantes. Obrigado por terem contribuido para o meu espiríto critico e para o meu futuro.Quero que saibam que eu estou muito orgulhoso do vosso trabalho, da verdadeira revolução que operaram nos anos 70 e principalmente nos anos 80, permitindo, com o vosso brio e capacidade de esforço, que o ensino chegasse a todos e não fosse apenas acessível a uma franja diminuta da sociedade.Ignorem quem quer branquear todo esse passado e todo esse trabalho. Julgo que não sou unico neste sentimento e espero que quando terminarem as vossas carreiras saibam que existem milhares de pessoas que como eu estão muito gratas pelo vosso trabalho.A todos os professoresMeu ENORME AGRADECIMENTO!!! [P.S. Caso também sintam o mesmo por favor copiem, criem um link, imprimam e façam chegar ao máximo número de pessoas e professores. Afinal eles bem mereceram estas palavras!]"

segunda-feira, 3 de março de 2008

PROVA DE INGRESSO (II)

Porquê esta prova? A necessidade da realização desta prova não vem pôr em causa a qualidade dos cursos via ensino do ensino superior, nomeadamene das Universidades Públicas e Escolas Superiores de Educação? É sabido que o Ministério da Educação não necessita de tantos professores como aqueles que têm habilitação para a docência (ou tinham, uma vez que essa habilitação passará a depender da dita prova). Também sabemos que é importante que os professores contratados encontrem alternativas profissionais, professores esses que tanto lutaram para serem professores, tendo muitos deles prestado serviço nas escolas públicas do nosso país (ainda que menos de 5 anos completos). Não havendo nenhuma justificação clara para a necessidade da realização desta prova e deixando o meu optimismo habitual de lado, interrogo-me se esta não será um meio de fechar uma porta "incentivando" a procura de alternativas. Se assim é, está muito errado! Vou admitir que a prova pretende apenas separar o trigo do joio! 1) As várias componentes da prova deveriam ter igual peso? 2) Porquê exigir nota mínima de 14 valores em todas as componentes? 3) É correcto impedir um professor, perdão, um cidadão com habilitação profissional para a docência, de concorrer durante um ano lectivo porque não lhe foi possível comparecer a uma das componentes da prova? Relembro que existe uma única chamada, não havendo lugar a justificação de faltas. 4) É urgente clarificar o conteúdo de cada componente, uma vez que a legislação é pouco clara e prevê a possibilidade desta informação ser conhecida apenas com 20 dias úteis de antecedência. 5) Uma prova, ainda que em 2 ou 3 componentes, será suficiente para avaliar se um indivíduo tem competência para o exercício da profissão docente de determinado grupo, ignorando quaisquer outros indicadores, nomeadamente a habilitação académica e a avaliação do desempenho docente de outros anos? 6) Haverá ou não uma 3ª componente? A haver, faz sentido impedir um "professor", de concorrer para leccionar por não ter, pelo menos, 14 valores numa prova "nos domínios das línguas, das ciências experimentais, das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) ou das expressões" (Artigo 5º, ponto 3 do DR 3/2008)? Notas: a) um professor pode não ter condições materiais na escola onde lecciona para usar TIC, mas pode ser eliminado por não as saber utilizar! b) Será fundamental o conhecimento de línguas (para além da língua portuguesa) ou das ciências experimentais para o exercício da docência, para todos os grupos? c) um professor contratado, avaliado de acordo com a nova legislação, ao qual seja atribuída classificação de Bom (ou superior) e que tenha 13 valores numa das componentes (ainda que tenha 18, ou mesmo 20 na(s) outra(s)) não pode leccionar. Veja-se a resposta dada no fórum perguntas e respostas da página da dgrhe (http://ecd.dgrhe.min-edu.pt/): por Agrupamento Ruy Belo CEI - Domingo, 10 Fevereiro 2008, 15:28: Um docente contratado que faz a prova de ingresso e tem menos de 14 e na avaliação do desempenho tem Bom. Como fazer? por r dgrhe - Quinta, 14 Fevereiro 2008, 17:57: Na prova de avaliação de conhecimentos e competências, a classificação inferior a 14 valores numa componente da prova é eliminatória, pelo que o candidato não estará em condições para o exercício da docência. Logo a avaliação do desempenho docente não se lhe aplica, pois não será professor.

PROVA DE INGRESSO (I)

O Decreto Regulamentar n.º 3/2008 "estabelece o regime de avaliação de conhecimentos e competências, abreviadamente designada por prova" http://dre.pt/pdf1sdip/2008/01/01400/0061900622.PDF A prova destina-se a todos os professores, corrijo, a todos os cidadãos detentores de uma habilitação profissional para a docência que queiram candidatar-se ao exercício de funções docentes. Ficam dispensados da realização da prova os docentes (estes já são docentes) que tenham celebrado contrato em dois dos últimos 4 anos anteriores aos anos lectivos 2007-2008 e que possuam pelo menos 5 anos completos de tempo de serviço e avaliação de desempenho igual ou superior a Bom (afinal, tem havido avaliação de desempenho!). A prova terá 2 ou 3 componentes, sendo uma comum a todos os candidatos e outra específica para cada grupo. A terceira componente, a existir, pode ser oral ou prática, nos domínios das línguas, das ciências experimentais, das Tecnologias de Informação e Comunicação ou das expressões. A componente comum é escrita e avalia o domínio da língua portuguesa, a capacidade de raciocínio lógico e, eventualmente, a capacidade de reflexão sobre a organização e o funcionamento da sala de aula, da escola e do sistema educativo. A avaliação dos conhecimentos científicos e tecnológicos respeitantes à respectiva área de docência, concretiza-se na componente específica da prova, sendo esta escrita. A classificação das provas é feita na escala de 0 a 20, sendo condição necessária para obter aprovação, ter, no mínimo, 14 valores em cada uma das componentes no mesmo ano lectivo. A nota final será a média aritmética das 2 ou 3 componentes. Existe apenas uma chamada para cada componente. A data de realização da prova será publicitada com uma antecedência mínima de 20 dias úteis. Até à data da publicitação da prova, é divulgado um Guia da mesma que contém: a) Forma, prazos e encargos de inscrição; b) Distribuição de candidatos por locais de realização das provas; c) Programas e bibliografia de leitura recomendada; (etc. Consultar Artigo 14º)

domingo, 2 de março de 2008

ADD (II): avaliação pelo coordenador

Questão: Quem avalia professores de grupos de recrutamento integrados em departamentos cujo coordenador não é da mesma área científica? Resposta: A avaliação efectuada pelo coordenador de departamento pondera o desenvolvimento e a qualidade científico-pedagógica do docente e não a vertente científica em sentido mais estrito, pelo que qualquer professor titular, mesmo que de área diferente, tem competências para proceder à avaliação. De notar que esta é uma resposta dada pelo ministério da educação e que se pode encontrar em: http://www.dgrhe.min-edu.pt/DOCENTES/FAQ/FAQ.htm Como pode ser credível uma avaliação destas? Relembro que o coordenador de departamento, ou outro professor titular, caso haja delegação de competências, é o ÚNICO responsável pela avaliação CIENTÍFICA e pedagógica dos docentes que avalia. Alguns exemplos: 1) um professor de Português e Inglês pode avaliar professores de Francês, Latim, Grego e Espanhol; 2) Um professor de Matemática pode avaliar professores de Matemática e Ciências, Biologia e Geologia, Física e Química, Construção Civil, Mecanotecnia, Electrotecnia, Informática e Ciências Agro-Pecuárias; 3) Um professor de Geografia pode avaliar professores de Educação Moral e Religiosa Católica, História, Filosofia, Economia e Contabilidade e Secretariado; 4) Um professor de Educação Física pode avaliar professores de Educação Visual e Tecnológica, Educação Musical, Artes Visuais, Educação Especial I, II e III; 5) Nos 4 exemplos anteriores, em lugar de "o professor x pode avaliar professores y", também será válido "o professor x pode ser avaliado pelos professores y". Para além desta questão, existem muitas outras, nomeadamente a subjectividade (será alvo de outro post), o dispêndio elevado de tempo e recursos. O professor coordenador terá que assistir, a 3 aulas em cada ano lectivo, excepcionalmente neste (meio) ano lectivo são apenas duas, de cada professor por ele avaliado. Para além disso e para cada professor, terá que analisar e discutir a proposta de avaliação individual, a preparação de aulas, as estratégias utilizadas, a avaliação realizada...

Avaliação do Desempenho Docente- ADD (I)

Alguns aspectos da avaliação do desempenho docente, constantes no Decreto Regulamentar n.º 2/2008. (http://www.dgrhe.min-edu.pt/DOCENTES/Regulamentacao.htm) O docente a ser avaliado apresenta, no início do período de avaliação, uma proposta na qual traça os objectivos individuais. Tais objectivos são formulados tendo por referência vários itens (ver Artigo 9º) São avaliadores: o presidente do conselho executivo e o coordenador do departamento curricular (ou outros, no caso daqueles delegarem competências, de acordo com despacho próprio) Artigo 4º 1- A avaliação do desempenho concretiza-se nas seguintes dimensões: a) Vertente profissional e ética; b) Desenvolvimento do ensino e da aprendizagem; c) Participação na escola e na relação com a comunidade escolar; d) Desenvolvimento e formação profissional ao longo da vida. Fases do processo de avaliação (Artigo 15º): a) Preenchimento da ficha de auto-avaliação; b) Preenchimento das fichas de avaliação pelos avaliadores ; c) Conferência e validação das propostas de avaliação com menção qualitativa Excelente, Muito Bom ou Insuficiente, pela comissão de coordenação da avaliação: d) Realização da entrevista individual dos avaliadores com o respectivo avaliado; e) Realização da reunião conjunta dos avaliadores para atribuição da avaliação final.