Há alguns anos surgiu a oportunidade de fazer voluntariado numa CERCI. Não me relacionava habitualmente com pessoas com deficiência. Conhecia algumas e estava com elas esporadicamente. Tinha curiosidade em conhecer um pouco melhor o mundo do ponto de vista de algumas pessoas com limitações diversas.
Além da curiosidade, havia também a consciência de que isso seria importante no meu trabalho como professora. Sem conhecer, por melhor que fossem as intenções, o mais certo era que errasse redondamente na minha prática lectiva com alguns alunos com necessidades educativas especiais.
Assim comecei a fazer voluntariado durante alguns meses (deixei quando consegui emprego e o tempo passou a ser escasso). Este ano lectivo voltei ao voluntariado (de Setembro a Julho) e pretendo continuar em Setembro e enquanto o meu horário o permitir.
Uma das primeiras coisas que me impressionou foi a valorização humana, tão contrária à valorização daquilo que cada um produz e não da pessoa em si. Desperdiçamos demasiados talentos por valorizarmos apenas uma parte de nós...
Cada dia de voluntariado (uma manhã por semana) foi uma aprendizagem. Vou descomplicando e descobrindo, em concreto na minha vida, o que é mais importante. Aprendo a redimensionar as coisas e a ter um olhar mais abrangente. Tudo se torna mais claro. Uma qualidade que eu valorizava mas achava que tinha perdido algures no tempo, retomou o seu lugar.
Vou tentando partilhar aqui no blog pequenas histórias e vivências desta experiência tão gratificante.
segunda-feira, 10 de agosto de 2009
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2 comentários:
Obrigada stora paula pela partilha, pena eu não ter experiecnias ricas para poder partilhar.
descobri-a no blog do João Delicado e gosto muito de a "ouvir"
obrigada
continue sempre dando um bocadinho de si,
um abraço em JC
beatriz
Olá Beatriz!
Obrigada pelo comentário. É diferente escrever porque se tem vontade ou porque se partilha com alguém.
Esta experiência de voluntariado tem sido realmente muito rica. É um desperdício guardá-la só para mim.
O mais curioso é perceber que este enorme gosto pelo voluntariado não vem de mim. Descobrir cá dentro algo que é dom, que não se explica...
Arriscaria a dizer que todos temos experiências ricas para partilhar. Talvez a maior de todas esteja em partilhar aquilo que somos.
Volte sempre,
Paula Martins
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