sábado, 13 de setembro de 2008

Menos financiamentos para crianças e jovens NEE

As organizações que trabalham com crianças com necessidades educativas especiais criticaram hoje o financiamento atribuído pelo Ministério da Educação (ME), considerando que a "falta de verbas" pode pôr em causa os apoios prestados aos alunos. Com a reforma da educação especial, que prevê a integração de todas as crianças com deficiência no ensino regular até 2013, as escolas especializadas estão a transformar-se em centros de recursos, tendo apresentado este ano, pela primeira vez, projectos de apoio educativo que vão ser desenvolvidos em parceria com os estabelecimentos de ensino regulares. (...) "Tememos que [este financiamento] ponha em causa a qualidade do apoio prestado às crianças com necessidades educativas especiais", disse Rogério Cação, director da Federação Nacional das Cooperativas de Solidariedade Social (Fenacerci). O responsável sublinhou que os projectos apresentados conjuntamente pelas organizações especializadas e pelos agrupamentos de escolas tiveram em conta o número de crianças com deficiência em cada estabelecimento de ensino e o tipo de ajuda de que cada uma necessita. "Ou o trabalho de levantamento das necessidades foi muito mal feito, o que não aconteceu, ou então há muitos apoios que terão de ficar para trás", advertiu Rogério Cação. Demarcando-se publicamente "das decisões tomadas pelo ME em matéria de apoios educativos", seis organizações que integram a comissão de acompanhamento, entre elas a Federação Portuguesa de Autismo e a Associação Portuguesa de Paralisia Cerebral, pediram hoje à tutela uma reunião de urgência com o secretário de Estado da Educação. "O ME terá de assumir total responsabilidade pelos impactos que advierem deste financiamento", avisou o responsável da Fenacerci. A Lusa contactou o Ministério da Educação, não tendo obtido qualquer resposta até ao momento. Notícia completa: http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1342043

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